"Dar um nome a um blog é como descascar uma cebola, por camadas. Você irá retirar as camadas externas. Essas camadas representam o seu comportamento, o que você diz ou faz, assim como seus talentos e habilidades. Minha habilidade para construir blogs está próxima da casca da cebola; ela se encontra na superfície e não é o meu gênio, que se encontra numa camada mais profunda." Inspirado em Dick Richards

sábado, 29 de novembro de 2008

Estudantes entram na campanha “O Petróleo tem que ser nosso!"

Em reunião realizada pela coordenação da campanha “O Petróleo tem que ser nosso”, no Sindipetro – RJ (Sindicato dos Petroleiros) no dia 25 de novembro, várias entidades estudantis estavam presentes para unificar a campanha contra a privatização do petróleo e gás brasileiros.

Representantes do MST – Movimento dos Sem Terra, Sindipetro – RJ, a oposição na UNE, estudantes da UERJ, UFF, UFRJ, Universidade Cândido Mendes - Niterói, Colégios Pedro II São Cristóvão, Humaitá e Centro, mostraram- se todos muito interessados na restauração do movimento estudantil, e o quanto é importante conhecer a história do movimento estudantil e compreender como exemplo de mobilização da sociedade.

Essa é uma campanha que tem o intuito de defender as riquezas naturais do Brasil e consequentemente a economia nacional, lutando contra a venda do petróleo e gás brasileiros, evitando abrir portas para a invasão de outros países em nossas decisões.

Ao final da reunião passou a existir a comissão de mobilização da juventude, que discutirá as melhores estratégias para conscientizar e aglutinar o maior número possível de estudantes na campanha “O Petróleo tem que se nosso” e barrar o leilão que ocorrerá dia 18 de dezembro.

 

Crishna Lopes

sábado, 27 de setembro de 2008

Ebulição estudantil

O movimento estudantil teve início no Brasil em 1710, quando soldados Franceses invadiram o Rio de janeiro e foram expulsos por estudantes. Desde então, muitos movimentos políticos importantes foram liderados por estudantes de diversas fases curriculares. O principal deles, durante a ditadura militar no país.

Quando observamos com visão macro a situação política e social do Brasil, comparados com a grandeza da história do movimento estudantil brasileiro, constatamos que não há organização, união.  É um movimento que vive apenas das histórias de pessoas que tiveram coragem de enfrentar grandes exércitos para lutar pelos seus ideais. E mesmo assim, uma história que parece terminar em 1992.

A União Nacional dos Estudantes (UNE), não manteve sua forte voz de mobilização diante dos estudantes. Existem hoje apenas pequenos movimentos, ainda assim muito isolados. Felizmente, alunos engajados, conhecedores dos seus direitos e deveres, conscientes de seus papéis na sociedade civil, mantém o movimento vivo mesmo que independente de partidos ou da UNE. União essa que já parece não ser mais dos estudantes, na história os fatos permanecem os mesmos, mas ao longo dos anos futuros os personagens mudam suas formas de agir.  Muitas pessoas que participaram da luta contra a ditadura militar, hoje, partidários e com a máquina do poder, já não parecem tão convictos e revolucionários.

Cabe a todos os estudantes ter o emocionante e orgulhoso movimento de 68 como exemplo a ser seguido. Ano em que houve a quarta-feira sangrenta, quando os estudantes responderam a polícia, violência gerando violência ao invadirem o MEC. E também a passeata dos cem mil, que participantes relatam ter tido bem mais que cem mil pessoas, e foi totalmente pacífica. A comissão conseguiu uma reunião com o presidente Costa e Silva, levando ao encontro reivindicações, mais verbas para universidades, a reabertura do restaurante calabouço (ponto de encontro e refúgio de muitos estudantes), libertação dos estudantes presos,  infelizmente nenhuma proposta foi aceita. Porém mostrou a força de mobilização dos estudantes em meio a guerra que exigia abrandamento da repressão, o fim da censura e a redemocratização do pais.

 Nos foi concedida maior responsabilidade, o fim da opressão significa também fazer valer seus direitos e cumprir com seus deveres de cidadão ao invés de ficar esperando as ações das outras pessoas, sentado em casa assistindo telenovelas. Grêmios, diretórios acadêmicos, diretórios centrais acadêmicos também são focos  políticos (que é a arte do entendimento) de onde sempre surgirão novas lideranças apontando em direção a uma renovação constante e dinâmica, focados nas suas realidades sempre buscando uma sociedade mais justa e soberana.

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